10 de setembro de 2012

Dueto de um

   A gente precisa diminuir o tempo. Mas o tempo já anda curto demais, assim não dá. Não dá, mas tem que ser e ponto. Ora, mas te dou uma porrada no meio da fuça, seu ordinário. Ora, dê-me logo, que assim também vai tomar na mesma força e intensidade. Aí você tem um belo argumento que vai de encontro à minha vontade de te bater. Sim, eu sei disso; aliás, nós sabemos disso, não é mesmo? Sim, sabemos, mas às vezes eu me esqueço das coisas; tudo é muito confuso aqui dentro. Voltando ao tempo: vamos diminuí-lo ou não? Mas qual é o sentido disso, eu te pergunto? Qual é o sentido? Sim! Ora, achei que fosse óbvio: encurtar o tempo, para que essa loucura termine mais cedo, e possamos ir assistir à novela. Ora, não é que você tem razão; ainda há novela para se ver e apreciar: lá não tem loucura; você é um homem sensato. Sim, meu caro ego, você também é sensato; somos um deleite para a sociedade em geral. Isso é bem verdade; embora eles tenham apenas um de nós de cada vez, não é mesmo?
Sim, imagine se tivessem os dois, que prazer seria! Seria algo estupendo, magnífico mesmo! Mas acho que eles não nos aguentariam. Será? Creio que sim, somos algo além de tudo que eles um dia imaginaram, algo superior e muito mais complexo. Sim, algo além do alcance, como a visão dos Thundercats! Ah, mas não me venha com essas referências absurdas, meu caro; já disse: não me venha! Ora, não me venha você, pois te acerto a mão na cara! Ora, onde já se viu, tratar alguém tão fino como eu com tais modos! Meu caro, mas foi você que começou com esse tipo de tratamento; ou terei sido eu?

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