7 de junho de 2013

Meus discos

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Eu ouvia meus discos em casa.
Nada demais. Eles tocavam, eu os ouvia,
E bebia minha cerveja em paz.
Até que ela chegou.

Escancarou a porta,
Como se ainda morasse lá,
Entrou chutando a estante,
Derrubando meu rádio.
Vinha com suas longas pernas,
Expostas sob o vestido quase transparente.
Ela tinha engordado,
Mas ainda estava linda.
Mais linda do que nunca.
Tinha ódio no rosto,
Um ódio tenso, nervoso.
Eu não sabia onde aquilo pararia.