fugindo aos olhares
de reprovação,
eu busco você
no fundo dos copos
em que bebo e me afundo
e me afogo sem pensar.
eu vejo um traste
sem nada do homem
que pensei ser um dia.
A barba mal-feita,
os dentes tirados
a socos e pontapés,
os sulcos fundos sob
o olhar morto.
Ah, minha querida.
Onde está você agora?
Você me deixou e foi embora,
desde então não tenho paz.
Vivo a fugir do mundo,
me acorrentando aos delírios
de minha mente perturbada.
Num último momento de
compreensão e lucidez, decido:
vou me deitar e apagar meus
olhos nessa estrada.
2 comentários:
Estou batendo palmas
Obrigado! :)
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