20 de agosto de 2012

Ó céus, ó vida!


Ó céus, ó vida!
Sigo nessa pindaíba.

Sem carro onde colocar
o litro de gasolina
que eu ganhei na rifa
do boteco da esquina.

Sem dinheiro pra guardar
na carteira que achei
no banco da pracinha
onde ontem me sentei.

Ó céus, ó vida!
Sigo nessa pindaíba.

Sem mulher pra acarinhar
pois não tenho um tostão
e bem sei que vou ficar
sem nenhuma diversão.

Sem destino, vou vagar
pelas ruas da cidade
e talvez vá encontrar
uma tal felicidade.

Ó céus, ó vida!
Sigo nessa pindaíba.

Sem ninguém pra ajudar
sigo feio, só e a pé
com minha barba velha
e minha garrafa de mé.

Sem mais, vou me mandar
pr'aonde a vida quiser
talvez no meu caminho haja
um bocado de mulher.

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