31 de agosto de 2012

Cantiga do abandono

Sigo tão só
E o veneno lento,
atento,
me suga sem dó.
Falta pouco
e a noite surge,
urge.
Fico louco.
Estrada sem luz
Ingênua me guia,
vigia
entre corpos nus.
Chegar em casa
não está nos planos
insanos
que faço pra nada.
Morte ao lado
Nômade vadiando,
namorando
o meu fado.
Triste canção
O dedilhado
condenado
em meu violão.
Em sangue casto
eu me banho.
Estranho:
Sinto-me gasto.
Sigo até
o céu despencar,
me matar.
Sigo sem fé.

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