21 de novembro de 2012

Me leva contigo

Foto original: http://goo.gl/KkyJU

Me leva contigo e nem pense em dizer não.
Pensou! Pensou! Eu vi!
Não posso confiar em ninguém! É isso, então?

Voltemos à mesa de bar.
As luzes, quentes como só o Sol, pendem mais um gole.
Gole de quê? De você, Lucimar.

(malditos sejam seus pais e esse nome hermafrodita, mulher.)

A lacuna não será preenchida pelo silêncio.
Quero calor sanguíneo, vida pulsando.
Inútil! Tu acinzentas a cena que vivencio.

Por quê? (O acento circunflexo já não é expresso desespero?)
Perco minha juventude nas dobras de suas rugas.
Em você, o epitáfio que eu no jazigo espero.

Inverteu-se a ordem da evolução e o ódio se tornou amor.
Bah, quem dá um blusão usado por isso?
R: Idiotas como eu, que em um bar, Lucimar, se embebedam de dor.