21 de julho de 2012

Não tente me impedir

Vou sumir.
Não tente agora insistir,
o tempo se foi e a ilusão fugiu
e nem ao menos resistiu à decepção
causada por você e nosso amor.
Não tente me impedir.

Vou chorar.
Em cada madrugada fria
por não poder te amar.
Nos corredores longos e sacadas,
testemunhas de nossa paixão desenfreada.
Não tente me impedir.


Vou partir.
Seus olhos nunca mais verão 
as lágrimas que os meus choram.
Nem o meu sorriso que, sozinho, 
nunca mais apareceu por aqui.
Não tente me impedir.

Vou te amar.
Embora eu tenha que me acostumar
à cama vazia em meu lar,
que antes fora nosso,
mas agora como faço para não chorar?

Não me deixe partir. 

Um comentário:

Anônimo disse...

o último verso é lindo! parabéns pelo poema, lindíssimo.