17 de julho de 2012

Manhã no bar


Parei naquele bar de esquina
Pra tomar um bom trago
E comer um gorduroso torresmo.
Eram apenas 9 da manhã
De uma terça-feira cinzenta.
Os carros passavam pela porta do bar.
Ninguém olhava lá pra dentro.
Éramos invisíveis aos olhos deles.
As pessoas preferem ignorar
As coisas que repudiam.
E éramos repudiados, diferentes.
O que é diferente é visto com maus olhos.
Mas, que se dane.
Continuei comendo meu torresmo,
Bebendo minha branquinha,
Fumando meu cigarro,
E olhando para as mulheres na rua.

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