Não tente agora insistir,
o tempo se foi e a ilusão fugiu
e nem ao menos resistiu à decepção
causada por você e nosso amor.
Não tente me impedir.
Vou chorar.
Em cada madrugada fria
por não poder te amar.
Nos corredores longos e sacadas,
testemunhas de nossa paixão desenfreada.
Não tente me impedir.
Vou partir.
Seus olhos nunca mais verão
as lágrimas que os meus choram.
Nem o meu sorriso que, sozinho,
nunca mais apareceu por aqui.
Não tente me impedir.
Vou te amar.
Embora eu tenha que me acostumar
à cama vazia em meu lar,
que antes fora nosso,
mas agora como faço para não chorar?
Não me deixe partir.
Um comentário:
o último verso é lindo! parabéns pelo poema, lindíssimo.
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