Elysium realmente é um filme interessante. Estrelado por Matt Damon, tem os brasileiros Wagner Moura e Alice Braga no elenco (e com papéis importantes para o enredo). Fiquei feliz de verdade por ver Wagner Moura entrando em Hollywood com um papel como esse. Nada contra Rodrigo Santoro, que acabou com um papel pra lá de secundário em sua primeira aparição hollywoodiana, mas que atualmente já tem bastante espaço na terra do Tio Sam, porém Wagner Moura já tinha mais expressão no cenário nacional, o que deve ter acabado facilitando sua entrada nesse papel. Quanto à Alice Braga, não preciso nem comentar que ela já é conhecida dos americanos por seus papéis em Eu sou a lenda, Predadores e Ensaio sobre a cegueira.
Max (Matt Damon) é um morador da terra que trabalha em uma fábrica de robôs (ao estilo Star Wars), e que tem uma quedinha por Frey (Alice Braga). A história se passa no ano de 2159, no qual a Terra está mais poluída e ferrada do que hoje em dia. Bem mais. É como se o mundo fosse uma favela gigantesca, uma periferia abandonada pela classe A+++. E no filme, essa classe realmente abandona os menos abastados, fugindo do mundo de vez e criando uma espécie de satélite gigante na órbita da terra, onde apenas os mais ricos moram. Lá, ninguém tem doenças ou se preocupa com problemas de violência ou ambientais. Tudo é perfeito. Bom, quase tudo. As pessoas ainda continuam a ser pessoas, e são corruptíveis como sempre foram (e serão). Além desse problema interno, sempre há alguns pobres coitados que estão na terra que tentam (utilizando naves) chegar até o satélite em formato estranhamente parecido com o símbolo de uma marca famosa de carros.
E é aí que entra o personagem de Wagner Moura, Spider. Spider é tipo um coiote, que leva as pessoas da terra para Elysium (por isso a importância de seu papel no filme - e sim, ele pode determinar se 'não vai subir ninguém'). Ao se ver com um problema gravíssimo e precisando ir para Elysium de qualquer forma, Max pede ajuda para Spider, que lhe dá uma missão ('missão dada é missão cumprida'), e lhe fornece uma espécie de exoesqueleto (meio que um Robocop - que aliás, terá um remake cujo diretor será nada mais nada menos que José Padilha, velho conhecido de Wagner Moura) que ajuda Max a andar e dar porrada em todo mundo. Max obviamente topa, mas algo muito errado acontece enquanto ele está cumprindo a missão, e isso é ocasionado pela Secretária Delacourt (Jodie Foster), que é uma espécie de Ministra da Defesa de Elysium. E aí Max enfrenta altas confusões e aventuras para chegar à roda gigante de Elysium (musiquinha da sessão da tarde agora) para conseguir se salvar.
Assisti a esse filme dublado (não tive escolha), e me arrependi muito por isso. Nosso eterno capitão Nascimento não foi muito bem em dublar a si mesmo. Alice Braga não comprometeu sua própria atuação, mas Wagner Moura realmente deixou a desejar no quesito dublagem. No mais, Elysium é um bom filme, que leva a uma reflexão sobre as classes sociais atuais e o quão perigosas podem ser a ganância e a falta de compaixão do homem.
Elysium:
EUA - 109 min
Direção - Neill Blomkamp
Gênero - Ficção Científica
Site Oficial - Elysium
