31 de maio de 2013

Meu copo meio cheio, minha memória meio fraca

Mal entrei no quarto
E me deparei com aquele corpo
Todo torneado e estatelado na cama.
Que mulher dengosa!
Nem acreditava que ela estava ali ainda.
Tinha me levantado pra mijar à noite,
E me dei de cara com ela ali na volta.
Não me lembrava de como
Ela tinha ido parar ali.

Mas não importava.

Minhas cobertas,
Meio sobre ela,
Deixavam suas coxas à mostra,
Iluminadas pelas luz fraca que vinha do banheiro.
Suas roupas estavam sobre o chão,
Junto com meus trapos, no canto.
Havia alguns cigarros no cinzeiro,
Um copo meio cheio de uísque barato,
E uma calcinha pendurada sobre a cômoda.
Havia sido uma noite e tanto.

É por isso que não lembro de nada.