Analgésicos não me acalmam mais.
Tudo pulsa em vermelho, nada me satisfaz.
Estava no meio da noite quando acordei
Cansado, inflamado... nunca mais deitei.
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Tinha muito tempo até o sol raiarAbri todos os vidros que pude alcançar
Botei tudo na goela e empurrei com água.
(Tempo para que as cápsulas virem nada)
(...)
Os meus olhos, bem,
Eles nunca mais voltaram a se fechar.
Nunca mesmo, sabe.
Nunca mais saíram do lugar.
O sol ia e voltava,
Ia e voltava,
Ia e voltava,
Tremia e brilhava.
Acho que não era essa a dor que sentia,
A dor de fibra, músculo, pele.
Nem mesmo a do coração,
De quando quem gosto me repele.
É uma dor diferente,
Uma dor que não tem cura.
A dor de quando vi
que a vida é tão pura.
Tão pura, tão... simples.
Eu era cego a tal fato.
Quando finalmente consegui vê-lo,
Eu já era um insensato.
Um comentário:
A dor de quem perdeu tempo de olhos fechados eu diria, belo poema , parabéns pelo espaço, seguindo vocês =)
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