1 de novembro de 2011

Inabalável


— Aqui não, aqui nós somos invencíveis.

A voz ressoava do norte das muralhas em ruínas, o cavaleiro foi tomado pelo esplendor da glória levantando sua lâmina banhada em sangue na direção do sol, o brilho do sol cegou os inimigos que se posicionavam em sua frente. O bravo louco avançava contra quinze homens trajando uma armadura retorcida de tantos golpes, porém não hesitou, nem por um instante. Sua determinação e perseverança ao avançar chocando-se contra a linha de frente inspiraram outros homens de sua falange, quando a vida está ameaçada lutar por ela até o fim é a única escolha.

Os guerreiros inspirados pelo líder marchavam em frenesi bradando tão alto quanto tambores de guerra, e aqueles que acharam que tinham vencido a batalha, na verdade encontraram-se vencidos, pois subjugaram o poder da perseverança sobre a adversidade. Não existia escudo, ou esconderijo ou proteção, nenhuma barreira era forte o suficiente para deter pouco mais de trinta homens que carregavam dentro do coração um leão faminto pela vida.

Tal espetáculo era bizarro e fantástico, cem homens recuaram, não pelo poder de trinta e sim pela força de vontade e acima de tudo esperança. Bandeiras da nação propalavam em todas as direções da rosa dos ventos a muralha em ruinas, tais heróis não mais inalavam ar e sim honra, nenhuma causa é perdida se um louco se propuser a lutar. O céu clamava difundindo as vozes misturadas dos homens livres que gritavam:

— Nós somos invencíveis.

Não desistir jamais, não é só um sinal de esperança, é um ato de coragem. 
E aqueles que descumprem tal função nunca serão merecedores de seu respeito.

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Acordando depois de um longo sono.

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