16 de janeiro de 2011

Correndo com os lobos

Correndo com os lobos
Sem proteção nessa terra hostil
Constantemente em guarda
Prontos para lutar e defender
Amon Amarth-Runes to my memory


A brisa fresca carregando folhas secas anunciava a chegada de mais um dia em que o sol negro pairava sobre nós. Minha matilha era a única que ainda lutava, a sobrevivência era mais difícil a cada dia conquistado nessa terra amaldiçoada. Todos nós sabíamos que a terra não era mais a mesma, desde que envenenaram os rios, queimaram as florestas e poluíram nosso ar. Alguns pensavam que isso era uma maldição de Gaia, pois ela não queria mais agüentar as ofensas do homem, e queria colocar o mesmo em seu lugar, provando que ele é apenas uma parte e não o todo do mundo.
Contudo nós permanecemos unidos irmãos e irmãs correndo a favor do vento,enfrentando o medo dentro de nossos corações!Até o dia em que dois caçadores perdidos entraram em nosso território para satisfazer a mesma ambição que levou a ruína de sua raça. Eram homens desonrados, que faziam de tudo para ganhar títulos de grandeza e como caçar um lobo é uma delas, esses malditos se jogam em aventuras da qual a maioria não saem vivos. Perdidos na floresta, porém não indefesos eles possuíam armas afiadas. E a bela lua, ascendeu ao céu vermelha escarlate
Um sinal da grande mãe que sangue seria derramado essa noite, fortes ventos anunciavam a chegada, deixando o cheiro humano mais próximo do nosso lar. Observei meus irmãos e irmãs pela ultima vez, minhas crianças estavam fracas já que a caça era cada vez mais difícil. Como líder era o que estava mais apto a lutar e com o peso de um mártir no coração decidi ir a batalha e defender aqueles que eu amo.
Um frenesi estranho tomava conta de todo meu corpo enquanto minhas patas corriam entre as sombras dos pinheiros.
E as lágrimas de Gaia começaram a cair, e ao soar do sétimo trovão, pulei das sombras em direção a um dos humanos que empunhava uma lança, rasgando a jugular do mesmo.
Porém sua lança me feriu mortalmente,sangue escorria da minha barriga indo até o chão, a fúria possuía meu corpo, enquanto o humano amedrontado por ver tal selvageria apenas se defendia, eu estava forte, forte suficiente para um ultimo golpe. Meu corpo tremia e com um ultimo impulso das minhas patas, fui veloz como um relâmpago, conseguindo realizar meu objetivo destruindo os invasores. Minha vista estava ficando cada vez mais turva, até não ter mais forças e decair.

O chão estava gelado assim como o resto do meu corpo. Um ultimo uivo, um ultimo pedido a Gaia, que abençoe minha matilha e seu novo líder, guiando meus filhos a novos dias dourados. E de longe eu consegui avistar o verdadeiro sol brilhando, iluminando campos verdes onde toda vida era bela onde meus ancestrais esperavam por mim, onde eu soube que meu sacrifício valeria a pena!
Quando eu estiver morto, enterrem-me em uma colina
Levantem uma pedra para que todos vejam
Ruínas vem a minha memória!
Amon Amarth-Runes to my memory


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