13 de agosto de 2013

O Que Eu Bebi.



 Aqui vai mais um texto em prol da memória de desamores e suas curas, sempre em embalagens sedutoras e cada vez mais atraentes. Você tem a minima ideia de quantas semelhanças existem entre um corpo de mulher e as formas das garrafas das bebidas que vão no seu drink favorito?! Esse texto aconteceu durante uma bebedeira das boas e foi embalado por uma conversa a respeito do meu assunto preferido: Mulheres. 
Atenciosamente, 
do seu amigo, Wolf.


Bebi por causa da poesia, da saudade, das moças. De todas elas que ainda insistem em se fazer presente em minha mente depois que tanta gente gentil já partiu! Foram todos tragados por meus tragos enquanto ficava com o coração em trapos. Panos que elas usaram pra secar os prantos enquanto dividiam-me em partes pra que cada uma pudesse pensar em mim como um porto particular.

Bebi sozinho e acompanhado.
Bebi quietinho e também irado. 
Bebi tudo o que eu vi, 
que foi achado. 
Bebi do Tucuruvi 
até aqui do lado. 
Bebi o que eu senti e me foi mandado. 

Bebi as lagrimas e o sangue, 
o leite da lua e a  água do mangue. 
Bebi até vodka barata misturada com Tang.

Era tanta sorte e ao mesmo tempo tanto descaso 
que não podia ser só obra do acaso. 
Era a porra do destino rindo daquilo que eu faço. 

Não quis saber de noticias, eu dizia: 
-Um copo que me conte. 
Não sabia se jogava na mega sena ou se me jogava da ponte.