25 de maio de 2012

Esquálida existência


Não deves passar pela minha rua.
Fujas de mim como corres da lua,
minha pequena menina mulher.

Tu sabes bem tudo o que quis,
os anseios de minha alma que diz
que não passas de outra qualquer.

Dei-te amor e meu peito aberto.
Em troca, ganhei um amor incerto
que, de certo, só sei que findou.

Ah, mas que minha fronte carrancuda
não te confronte e que me acuda
minha razão que te afrontou.

Assim quem sabe eu possa enfim
esquecer-te e lembrar de mim
nessa esquálida existência minha.

Desde tua partida muito sofri,
desandei a beber, e me arrependi
de pensar que teu amor eu tinha.

Um comentário:

Anônimo disse...

lindo poema! parabéns!!