18 de abril de 2012

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"Essa história era de um tempo em que existiam estrelas no céu de abril...
A abóbada celeste era um reflexo da minha esperança, daquele amor febril.

De doente nada tinha, a sinestesia de felicidade e aprovação era maior que a realidade.
Ah,  as duras paredes da realidade, eu quebraria o limite, reinventaria a verdade.

Desfiz meu ego narcisista rebocando-o com paz, destruindo meu orgulho exacerbado.

Ex-dono da razão, a simplicidade tangia com a humildade, compôs meu verdadeiro brado.
Meu sonho era ter uma casa em um lugar calmo, onde eu pudesse te abraçar no fim da tarde, 
afagar seu cabelo, repousar seu corpo sobre mim, e retirar da sua pele essa angústia covarde.
Embora precise aceitar, não quero.
Queria te dar mais que um lar ou um amor de novembro, mas você escolheu assim; 
escolheu o que o mundo tem a te ofertar, um idiota ou mais para te namorar.
Você alguma vez pensou em mim?
E outrora o coração valoroso endureceu, tão pesado quanto o aço, afastando-te de mim.
A paredes da realidade tornaram-se espessas demais, empurrando sua lembrança.
E conforme essa sinfonia sinistra tocava, a distância aumentava, cantando a desesperança
Nada funcionava para te manter por perto, nem a força de Heitor ou a calma do alecrim.
A vida anda, e eu viajo em realidades paradoxais,  mantenho minha vida e semi alegria. 
Volta e meia me pego pensando em você, talvez seja esse meu mal afinal:
querer oferecer para uma pessoa imatura e fria o amor de um imortal."

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