20 de maio de 2011

.A tortura – O medo – A Dor.


O que fizerão comigo me criou,
é um principio básico do universo,
que toda ação cria uma reação v

.A tortura – O medo –  A Dor.
Lembranças ressurgiam daquela voz grave e ameaçadora, levavam o garoto ao submundo de seus pensamentos – O pior lugar onde alguém poderia estar. Era uma sala simples apenas um telefone, alguns moveis velhos nada de valor, quando a criança aguçada pela curiosidade e pelo instinto pega o telefone, ele tenta discar alguns números na esperança de ser o da sua casa, de ser o numero da sua amada mãe, mais nada funciona já que ele tinha apenas dois anos.
O desespero aparece misturado com a sensação infantil de não querer estar ali, por motivos a raiva começa a guiar sua pequena mão, deixando com que o aparelho fosse ao chão – Quebrado,assim como sua alma. Logo a mão que educa, também castiga. Gritos e outros berros de repressão faziam seu coração acelerar, no pior dos instintos, no pior dos sentidos. A medida que tudo começa a ficar cinza ameniza a sensação da dor e dos vergões subindo pela pele macia. Arrastado, misturando sua essência com a poeira e os restos do chão frio, agora o ambiente era outro era um quarto a luz entrava fraca pela janela, algo pedia para não desistir, e o castigo apenas começava. A dor física apenas não basta, palmadas, socos e outros tapas, pois uma hora você deixa de sentir as pernas foram as primeiras a sumir, depois os braços, as costas ardiam como o inferno, mais qualquer inferno era bom demais para aquele lugar e de alguma forma aquele ser sabia disso. Ele foi jogado brutalmente contra a cama, como um brinquedo ou algo sem valor. A porta bate e seu barulho ecoa por aquele terrível escuro infinito – Você não sabe o quando o silêncio pode ser enlouquecedor. Toda espécie de demônio se manifesta em um lugar desses, e  ele grita, grita até não ter cordas vocais, grita na esperança que um anjo o escute, mais ninguém o escuta. Ele levanta com dificuldade perdido, sendo guiado apenas pelos finos raios solares que ingenuamente entravam de alguma forma da janela, caminhou até a porta a socando com as mãos, implorando por perdão. Ele percebeu que não iria vencer, então deitou em algum canto, fechou os olhos castanhos normais, a dor marcava muito a escuridão infinita e o cansaço chegou como Morfina para os pesadelos, então ele caiu no sono, onde só iria acordar quando estivesse em um lugar melhor.
·         • Baseado em fatos reais -
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3 comentários:

@dkdkree_ disse...

Muito bom dude dude dude
Parabéns viviking
bgks
@dkdree_

Anônimo disse...

A criança é nosso bem maior seja ela física ou seja intelectualmente, nunca perca a essência da vida que é a alegria...Temos momentos em nossas vidas que gostaríamos que fossem apagados, mas não dá ela fica lá, as vezes esquecemos até que elas existem mas basta um cutucaozinho e a dor volta feroz como nunca, temos que aprender a conviver com isso, pois ela faz parte de nossa vida, não deixe que ela o domine, mas sinta e respeite esse momento com um dos que nunca mais acontecerão...

@laismoltene disse...

Essa é uma boa maneira de aceitar: escrever. Guardar para si mesmo é um fardo muito pesado a ser carregado e com o passar dos dias, esse peso vai te vencendo e você é obrigado a dividi-lo em partes, tendo de se dividir em dois ou até mesmo em cinco para suportar a dor. As cicatrizes são inevitáveis, olhá-las com amargura e melancolia é doloroso, remoer o passado é desgastante. Porém, em uma certa época de sua vida, você descobre que nada foi em vão e apesar das lembranças tristes, você construiu memórias muito mais preciosas e são esses fragmentos de seu passado e presente que tornam-se seus verdadeiros tesouros, guardados no lugar mais seguro de todos, em seu coração.