27 de julho de 2013

Carpe Diem, Cravo e Rosa.





O Cravo brigou com a Rosa, de baixo de uma sacada... O Cravo saiu ferido e Rosa despedaçada.

Das cantigas pra vida real, sem a menor chance de poder trocar de canal. O Cravo teve seus desmaios, e Rosa sua choradeira. mas você não faz a minima ideia de como essa briga foi feia. Eu fui o Cravo, ela foi a Rosa. Nos fomos do mesmo jardim. Mas hoje não mais flores?! Não pra ela, nem pra mim.

A Rosa parou na esquina,

com esquadros pra desenhar,
o Cravo cantou sua sina,
E a Rosa não quis cantar.

A Rosa estava chorosa

e decidida à despetalar.
Pro seu escravo ela esta cheirosa,
mas isso não parecia importar.


A Rosa tinha pétalas vermelhas no meio das douradas
E um coração machucado de dar dó.
As do Cravo eram longas com mechas enroladas
e suas raízes estavam em pó.

O cravo brigou com a rosa,

que não quis ser mais a sua flor.
A rosa, toda prosa,
se cansou do escritor.

O cravo hoje é escravo,

de rimas e dos poemas.
E eu escrevo pra ver se lavo
as manchas desse dilema.
A rosa está a salvo
desse tipo de problema.

A rosa hoje não tem mais cheiro

o carpe diem já esvaziou.
os dois tinham um vidro inteiro
mas o perfume já se acabou.

A rosa mandou o cravo embora,

e como de costume, ele obedeceu
quem decora o jardim agora,
se não tem mais ela, se não tem mais eu?!

Fomos quem podíamos ter sido

E os ventos erraram a direção.
Ventaram num infinto,
despetalando meu coração.