O metro se dirige até o terminal, nesse intervalo marcado por trilhos enferrujados eu ainda insisto em analisar o rosto das pessoas, mas o que me preocupa mesmo é a garoa fina que logo se transformaria em uma chuva torrencial qualquer típica do verão paulista.
E o céu? não precisei nem parar para observar novamente o sol brilhava e o céu assumia seu verdadeiro tom celeste. Domingo não antecede segunda atoa, algumas pessoas reclamam que na TV só passa programas chatos, todo mundo está cansado do domingão do faustão, do gugu e principalmente de ficar apenas sentado, estagnado. Se eu puder te deixar uma dica, quando se sentir assim aprecie uma volta, ande sem rumo e se perca, não procure por um sentido, apenas ande no belo dia de domingo.
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Promessa sem jeito: vou voltar a postar sempre õ/ quem curtiu pode postar nas redes sociais õ/ ahahaha (com créditos para o mínima u.u)
Chegando ao terminal desci e por um momento esqueci: do rosto das pessoas, de analisar a vida minha e dos outros e principalmente de todos meus problemas, só tinha em mente minha longa jornada até em casa.
O caminho possui muitas subidas e decidas, passando pela avenida onde carros corriam sem direção, ninguém parecia se importar; no ponto mais alto da ladeira olhei em direção ao céu nublado eu contemplei a mais bela falha enquanto olhava para o horizonte cinza e meio azul.
É como dizem, a luz mais bonita é aquela que surge da escuridão plena.
Esperança repentina, foi o que surgiu no meu coração enquanto eu descia e subia as ladeiras da vida.
Quando se vive uma vida de guerra é difícil enxergar paz, e esse singelo momento serviu para desvendar meus olhos: O quadro da vida não é medido por probabilidades básicas criadas pela sua interpretação de realidade, levantar a cabeça, simplesmente enfrentar o obstáculo pode destruir qualquer estatística barata. Encarar as coisas de maneira positiva muda tudo.
Conforme eu avançava no caminho, eu observava coisas que nunca havia prestado atenção: A calmaria plena que era transmitida pela falta de carros na rua estreita, o cheiro do almoço de domingo que estava sendo preparado exalava de cada casa, me lembrava da minha família transmitindo aquela sensação nostálgica. A feira que ficava paralela à rua da igreja irradiava uma alegria inexplicável, pela primeira vez olhei para o rosto das pessoas e consegui ver felicidade, quebrei o velho paradigma de procurar por isso e só achar ódio e tristeza.
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